PAIXÃO X AMOR...
Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da
paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova
Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados
para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou
e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que a paixão
possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se
conheça, copule e produza uma criança.
A pesquisadora identificou algumas substâncias responsáveis pelo
amor-paixão: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Estes produtos químicos
são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados
juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o
tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a
"loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração
não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou
se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor -
companheirismo, afeto e tolerância, e permanece junto. "Isto é
especialmente verdadeiro quando filhos estão envolvidos na relação",
diz a Dra. Hazan.
Os
homens parecem ser mais susceptíveis à ação dessas substâncias. Eles
se apaixonam mais rápida e facilmente que as mulheres. E a Dra. Hazan é
categórica quanto ao que leva um casal a se apaixonar e reproduzir:
"graças à intensidade da ilusão romanceada, achamos que escolhemos
nossos parceiros; mas a verdade é conhecida até mesmo pelos zeladores
dos zoológicos: a maneira mais confiável de se fazer com que um casal de
qualquer espécie reproduza é mantê-los em um mesmo espaço durante
algum tempo".
Com
base em outras pesquisas desenvolvidas pela Dra. Helen Fisher,
antropologista da Universidade Rutgers e autora do livro T
Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação
de que a evolução, por algum motivo, deu-se no sentido de que o amor não-associado
à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há
aproximadamente 10.000 anos. Os homens passaram realmente a amar as
mulheres, e algumas destas passaram a olhar os homens como algo mais além
de máquinas de proteção.
A
despeito de todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reações
químicas e moléculas citoplasmáticas, afinal, deve haver algo mais
entre o céu e a terra...
De
qualquer forma, quando decidimos que temos química com alguém, o mais
provável é que estejamos literalmente certos.
Prof.Ana Luisa Miranda Vilela
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