TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
A COMPREENSÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O Espiritismo, sendo uma doutrina reencarnacionista, ensina o princípio das múltiplas encarnações do Espírito, as quais visam à evolução do ser. Contudo, não se pratica, como terapêutica espírita, nenhuma técnica que vise conduzir alguém a reviver momentos de suas existências pregressas. O que temos, de fato, são alguns pesquisadores espí
O Espiritismo, sendo uma doutrina reencarnacionista, ensina o princípio das múltiplas encarnações do Espírito, as quais visam à evolução do ser. Contudo, não se pratica, como terapêutica espírita, nenhuma técnica que vise conduzir alguém a reviver momentos de suas existências pregressas. O que temos, de fato, são alguns pesquisadores espí
ritas
da TVP - Terapia de Vivências Passadas - que trabalham
experimentalmente com ela, o que não significa que o Espiritismo pregue
ou avalize a sua aplicação.
É bem verdade que uma das grandes
objeções à Reencarnação, assenta-se no fato de não conseguirmos nos
lembrar de nossas existências anteriores. Não se pode negar que as
pesquisas com regressão de memória vêm apresentando elementos
experimentais que se contrapõem a este argumento, demonstrando que, em
estados alterados de consciência, tais lembranças podem ser
manifestadas.
Existem casos em que pessoas conseguem se recordar de outras vidas naturalmente, seja em sonho ou durante o transe sonambúlico, sem qualquer espécie de indução hipnótica ou magnética. Kardec, ao comentar as respostas dos Espíritos sobre o esquecimento do passado, em ‘O Livro dos Espíritos’, apresenta argumentos que justificam esta possibilidade:
"Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lha fazem, com um fim útil, nunca para satisfazer a vã curiosidade" (comentários de Allan Kardec à questão 339 de ‘O Livro dos Espíritos’ – grifo nosso).
Mesmo quando não nos lembramos de nada - o que é regra geral - aí também se revela a sabedoria de Deus. Ao reencarnarmos, trazemos projetos traçados na Vida Espiritual, de refazer relacionamentos fracassados, de corrigir erros cometidos e galgar degraus evolutivos mais altos.
Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que nos foram infligidos, não teríamos condições de conviver com as pessoas que nos prejudicaram, ou a quem prejudicamos. Podemos ter grandes inimigos do passado como nossos filhos ou irmãos, a fim de, justamente, nos reconciliarmos com eles.
E, ainda que os sentimentos entre os Espíritos fossem de afeto, como um filho conviveria com uma mãe que ele soubesse ter sido sua esposa ou filha, noutra encarnação? Teríamos maturidade e equilíbrio o bastante para entender situações como esta? Para a maioria de nós, já é difícil o bastante conviver com as dores, conflitos e ressentimentos da vida presente... O esquecimento do passado torna tudo mais fácil, quando fecha nossos olhos para as vidas anteriores.
Muitas pessoas ficam piores sabendo de sua existência passada. Assim como podemos ter sido uma pessoa bondosa, podemos também ter sido uma pessoa má que fazia atrocidades. Como eu disse aqui, é preciso ter muita maturidade para receber tais informações e não cair na tristeza. Essa técnica pode sim ser muito boa para aqueles que tem fobia, síndrome do pânico, depressões que parecer não ter fim. Pode ser muito bom, quando a pessoa visa melhorar-se, mas quando elas vão por mera curiosidade, os resultados podem ser ruins.
Existem casos em que pessoas conseguem se recordar de outras vidas naturalmente, seja em sonho ou durante o transe sonambúlico, sem qualquer espécie de indução hipnótica ou magnética. Kardec, ao comentar as respostas dos Espíritos sobre o esquecimento do passado, em ‘O Livro dos Espíritos’, apresenta argumentos que justificam esta possibilidade:
"Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lha fazem, com um fim útil, nunca para satisfazer a vã curiosidade" (comentários de Allan Kardec à questão 339 de ‘O Livro dos Espíritos’ – grifo nosso).
Mesmo quando não nos lembramos de nada - o que é regra geral - aí também se revela a sabedoria de Deus. Ao reencarnarmos, trazemos projetos traçados na Vida Espiritual, de refazer relacionamentos fracassados, de corrigir erros cometidos e galgar degraus evolutivos mais altos.
Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que nos foram infligidos, não teríamos condições de conviver com as pessoas que nos prejudicaram, ou a quem prejudicamos. Podemos ter grandes inimigos do passado como nossos filhos ou irmãos, a fim de, justamente, nos reconciliarmos com eles.
E, ainda que os sentimentos entre os Espíritos fossem de afeto, como um filho conviveria com uma mãe que ele soubesse ter sido sua esposa ou filha, noutra encarnação? Teríamos maturidade e equilíbrio o bastante para entender situações como esta? Para a maioria de nós, já é difícil o bastante conviver com as dores, conflitos e ressentimentos da vida presente... O esquecimento do passado torna tudo mais fácil, quando fecha nossos olhos para as vidas anteriores.
Muitas pessoas ficam piores sabendo de sua existência passada. Assim como podemos ter sido uma pessoa bondosa, podemos também ter sido uma pessoa má que fazia atrocidades. Como eu disse aqui, é preciso ter muita maturidade para receber tais informações e não cair na tristeza. Essa técnica pode sim ser muito boa para aqueles que tem fobia, síndrome do pânico, depressões que parecer não ter fim. Pode ser muito bom, quando a pessoa visa melhorar-se, mas quando elas vão por mera curiosidade, os resultados podem ser ruins.
Fonte: https://www.facebook.com/pages/Amigos-de-Chico-Xavier/294224030628855
Olá Sidda, sou psicólogo e terapeuta de vidas passadas. Você me permite fazer alguns comentários sobre seu texto? Sem querer ser intrometido aqui no seu espaço, mas talvez a minha experiência de quase 10 anos com esse tipo de terapia possa ajudar nas reflexões e no entendimento que as pessoas têm sobre a TVP. Desde que iniciei a prática da TVP, já realizei mais de 2000 regressões, um número bastante significativo para se tirar algumas conclusões importantes. Em primeiro lugar, ninguém que se recorda de uma vida passada fica pior, nem na TVP e nem mesmo recordações espontâneas. Na verdade, não apenas com a TVP, mas também fiz uma pesquisa com mais de 100 casos de lembranças espontâneas de vidas passadas, e o contingente de pessoas que afirma ter piorado após as lembranças é de 5% apenas. O restante, ou sentiu uma melhora em seus sintomas, ou nada mudou, mas apenas 5% dessas pessoas relataram piora, e mesmo assim, em alguns desses casos, essa "piora" foi passageira, retornando depois a pessoa ao seu estado normal. Além disso, pouquíssimas pessoas caem na tristeza após lembrar de uma vida passada. Na verdade, quando Kardec mencionou sobre essa não recordação, ele estava se referindo a impossibilidade de nascermos com essas lembranças e as cultivarmos durante a vida. Mas mesmo assim isso ainda é relativo, pois o número de crianças que se recordam de vidas passadas é bem expressivo, como já demonstraram pesquisas de Ian Stevenson, Jim Tucker e outros. Por outro lado, eu já tratei algumas pessoas (poucas é verdade) que fizeram a TVP por curiosidade, e nenhuma delas apresentou qualquer tipo de piora, mas por outro lado, sua melhora também não foi muito significativa, pois sua motivação não era adequada. Por outro lado, a TVP pode servir para tratar um grande número de casos, e não apenas esses três que você citou. Achei que seria interessante trazer estas informações aqui, pois elas se baseiam em pesquisas experimentais, que foram pesquisadas não apenas por mim, mas por muitos outros terapeutas no Brasil e do exterior. Todo esse "medo" em relação a se ver vidas passadas não se justifica nas pesquisas experimentais. Espero ter ajudado. Paz e Luz. Hugo Lapa.
ResponderExcluirMUITO OBRIGADA HUGO PELAS SUAS ELUCIDAÇÕES, ESPERO QUE CONTINUE NOS MANTENDO INFORMADOS DOS BONS CONHECIMENTOS POR VC ADQUIRIDOS.
ResponderExcluirABRAÇO FRATERNO.